O uso recreativo de bebidas alcoólicas e/ou substâncias e a dependência química ou alcoólica são diferentes em vários aspectos e sentidos.

É considerado uso recreativo aquele que geralmente ocorre em ocasiões pontuais e controladas, como em festas, encontros com amigos ou em momentos de lazer.

O indivíduo que consegue fazer uso recreativo ou esporádico possui controle em relação à quantidade de substâncias e bebidas alcoólicas, podendo escolher não consumir quando não desejar ou em situações que ele não considera convenientes, seguras e apropriadas.

Aqueles que conseguem realizar uso recreativo não costumam ter problemas sociais, consequências profissionais e prejuízos financeiros importantes em suas vidas.

Quando uma pessoa realiza uso recreativo ou eventual de substâncias ou bebidas alcoólicas, não existem sinais evidentes de sintomas de síndrome de abstinência ao interromper o consumo.

Ao contrário do que ocorre com as pessoas que conseguem realizar uso recreativo ou eventual, aqueles que já se tornaram dependentes de substâncias e/ou bebidas alcoólicas apresentam uma compulsão ininterrupta pelo consumo e a falta de controle sobre as quantidades consumidas ou sobre a quantidade anteriormente estabelecida como limite antes do início do consumo de substâncias e/ou bebidas alcoólicas.

Dependentes químicos e alcoolistas necessitam realizar o consumo de substâncias e bebidas alcoólicas com uma frequência muito mais elevada, sendo que em muitos casos o consumo passa a fazer parte regular do cotidiano da pessoa e não mais apenas em situações pontuais.

Alcoólicos e dependentes de substâncias provocam em suas vidas inúmeros problemas e prejuízos. As consequências podem afetar completamente todas as áreas da vida, incluindo problemas familiares, sociais, ocupacionais e de saúde.

Os dependentes de substâncias e os alcoolistas, ao contrário daqueles que conseguem realizar o uso considerado social, quando tentam interromper o uso, sofrem com um desconforto físico e/ou psicológico daquilo que classificamos como sintomas da síndrome de abstinência.

O corpo das pessoas que se tornaram dependentes se acostuma e se adapta às substâncias, desenvolvendo o que é classificado pela medicina como tolerância. Ou seja, com o passar do tempo, e variando de indivíduo para indivíduo, o dependente vai precisar de maiores quantidades para conseguir os mesmos resultados na alteração do estado de consciência.

Os dependentes priorizam conseguir e consumir substâncias e bebidas alcoólicas, em muitos casos as atividades e afazeres importantes e rotineiros do cotidiano passam a ficar em segundo plano ou são completamente abandonados.

Um pequeno percentual das pessoas que começam a fazer uso social, recreativo ou eventual de substâncias e bebidas alcoólicas poderá se tornar dependente. A dependência poderá ser desenvolvida por aqueles que possuem uma vulnerabilidade genética, psicológica e social.

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